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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

3a Etapa do Catarinense - URUBICI SUB ZERO


Equipe: Koru
Atletas: Aline, Hans Peda, Leo e Barbosa
Data: 26/07/2015
Local: Urubici (SubZero)
Organização: Expave/Bituin
Distância: 120km
Modalidades: Trekking, Bike, Remo, Canoying



Como não conseguiríamos montar uma equipe para correr essa etapa do Catarinense aceitei o convite para correr com a Koru. Saímos de Floripa as 15h e chegamos em Urubici por volta das 19h. Chegando lá fizemos o checkin básico e juntamos um pessoal para preparar o corpinho pelo que nos esperaria no próximo dia. Bora comer pizza.
A largada estava marcada para as 2h da manhã na Pousada Cascata do Avencal, mas acabou acontecendo as 3h.

Como a largada seria as 2h não reservamos pousada, nem levamos as tralhas de acampamento (furada total). Estávamos com tudo pronto as 23h ... o que fazer até a largada? Tentamos descansar um pouco no carro, mas o frio era tanto (eu não tinha nem um cobertorzinho, nem parece que vive na roubada) que não consegui pregar o olho.

Fiquei no carro prontinha para a largada: calça, blusa de bike + blusa térmica + anorak + cachecol e uma meia extra. 


Tenho dificuldade para dormir se não estou quentinha, mas, mesmo assim, lá pelas tantas acabei cochilando ... bem nessa hora (pelo menos foi o que pareceu) ligaram um som bagaceira bemmmm alto e um dos organizadores começou a falar no microfone (eram umas 2h15 da manhã). Ele gritava: vamos acordar cambada ... e por fim falou: o mapa da prova está no lago, vocês tem que ir lá pegar (e se divertia).

Graças a Deus que não precisou realmente entrar no lago. O mapa foi pescado pelo Leo, que só precisou molhar os pés ... naquele frio (quase 0oC) só de pensar já me dói. 

Analisamos o mapa, pegamos o race book, plastificamos tudo e começamos a bolar nossa estratégia para a prova.

Estávamos numa das partes altas da cidade, na cachoeira do Avencal, ali perto da casinha da foto:

Largaram 9 quartetos (categoria expedição) e 20 duplas, bastante gente para uma corrida de aventura no Sul.

O primeiro trecho era um pedal de 75km. Iniciamos a descida até o centro da cidade, parando no caminho para buscar um PC na parte baixa da Cachoeira do Avencal. Não precisava toda a equipe ir, o Peda se encarregou dessa parte (sim, ele teve que molhar os pés na cachoeira). Estava muitoooo frio. Mesmo fazendo força pra caramba no pedal os dedinhos da mão e dos pés não descongelavam.


Já na cidade, subimos a serra como se fossemos voltar para casa, mas antes do topo desviamos o caminho para a esquerda. A partir dali abriu-se um mundo novo para mim. Já havia me aventurado por Urubici diversas vezes, mas nunca naquela região. Só fui me localizar novamente no primeiro AT, sitio das 7 cachoeiras.


O percurso de bike era de muitos sobe e desce (quem conhece Urubici pode imaginar), passando ao lado de um pasto branquinho da geada. Além disso, fomos presenteados com um nascer do sol simplesmente incrível. Nunca vou esquecer essas imagens.

Lá pelo km 30 um dos meninos da equipe começou a ficar para trás. Estávamos impondo um ritmo forte e acabou sendo demais para ele. Ele chegou a cogitar desistir da prova. Nessa hora eu gelei ... conversamos, acalmamos o colega, diminuímos o ritmo e continuamos a prova. Ainda tínhamos praticamente 50kms só de bike pela frente.


O dia começou a clarear e foi um espetáculo. Aquela paisagem de interior, com muitas montanhas, araucárias e o solzão mega laranja surgindo. Simplesmente D+




Mesmo diminuindo o ritmo, chegamos no AT1 (área de transição de modalidade) em 5o lugar.

Dali saímos num trekkingzinho de 7km. Estávamos vendo a 4a equipe, mas não estávamos bem o suficiente para passá-los, além disso, um dos meninos da nossa equipe correu de sapatilha de bike (a informação inicial era de que o trekking seria de 2km).

Depois do trekking remamos 7km. O remo era meu maior medo (dado o frio que fazia), mas sabe que nem foi tão ruim.

Só depois do remo é que comecei a tirar algumas das camadas de blusas que estava usando ... olha que já eram quase 10h.
Chegamos ao AT e entregamos os ducks as 10h18. Tinha um corte de tempo ali, as 10h e nem nos tocamos. Ficamos super chateados porque fomos cortados e não poderíamos fazer o ultimo trekking (de 22km), depois do canoying nas 7 cachoeiras.

Já conhecia o canoying, simplesmente LINDO! Se chama 7 Cachoeiras, mas passa por mais de 10 quedas.


Terminado o canoying pegamos as bikes e seguimos para o final da prova, mesmo local da largada. Mas como descemos tudo no inicio, para chegar lá tivemos que subir bastante ... 

Nosso amigo quebradinho sofreu nesse ultimo trecho. Tentamos empurrar, amarrar as bikes ... mas ele subiu mesmo foi empurrando a bike (um dos meninos subia com sua bike e voltava para pegar a dele).

Foi dureza.

Terminamos a prova umas 14h15 ... fechando umas 11h de prova.

Certamente a prova foi dura para todos, a prova disso é que mantivemos o 5o lugar, sendo que só as 4 primeiras equipes puderam fazer o trekking final.

As equipes que chegaram em primeiro e segundo eram muito fortes: Nossa Vida, que esta treinando para o mundial de corrida de aventura, que será no Pantanal, Chivunk que está em primeiro no ranking brasileiro de corridas de aventuras e Go Crazi Aska,  mas se estivéssemos bem certamente poderíamos disputar o 4o lugar.

Corrida de aventura é assim ... 

E aí se animou?

A próxima etapa do Catarinense será aqui em Floripa. Quer correr?
Mais infos em: http://www.expedicaoeaventura.com.br/

terça-feira, 8 de setembro de 2015

10a Papaventuras e 2a Etapa do CCCA

10a Papaventuras

Equipe: Paz na Terra
Atletas: Aline, Ramiro, Pedro Pinheiro e Zanga
Data: 16/05/2015
Local: Venâncio Aires
Organização: Instituto Papaventuras
Distância: 60km
Modalidades: Trekking, Bike, BóiaCross, Falsa Baiana

Fomos intimados pelo Pedro a participarmos da 10a Papaventura. Os organizadores, Valmir e Rose, são super amigos dele e ele não poderia não ir. 
Sabemos que ir correr em outra cidade, longe, é sempre mais difícil, mas, motivados pelo resultado da 1a Etapa do CCCA resolvemos encarar o desafio.

Estávamos Eu, Ramiro e Pedro e ainda precisávamos de um 4o elemento. O Jonas nos sugeriu o Zanga, que havia corrido uma corrida dura em dupla (a primeira dele) e havia ficado em 1o lugar. Além desse feito, o Zanga foi campeão brasileiro de remo. 
Ele topou!

Viajamos grande parte do sábado e chegamos a Venâncio Aires já a noite.
Chegando lá podemos ver o prestigio do pessoal da Papaventuras. O ginásio estava lotado e o clima era muito familiar.




Depois do briefing rolou um jantar, essencial para prepararmos o corpinho para o dia seguinte. Pancinha cheia, montamos nosso acampamento na academia da Rose. Já passava das 00h, tratamos logo de dormir porque a largada seria as 6h da manhã.

Acordamos, tomamos aquele café, preparamos todos os equipos e fomos para a largada. Ainda estava escuro, nublado e frio. 

A promessa era de uma prova dura. Segundo me contaram na ultima papaventuras apenas 1 equipe terminou a prova
(assustador, não? rsrs).

Largamos no trekking e fomos forte em busca dos primeiros PCs. Como estava muito nublado, não foi tão fácil encontrar e muitas equipes se acumularam. Foi bonito de se ver todos correndo de um lado para o outro nos canaviais procurando o PC. Pegamos o PC e seguimos adiante.




Lembro de ter corrido muito antes de pegar a bike, mas segundo a organização, o primeiro trekking era de 8,5km (rsrs).
Quando pegamos a bike estávamos em 3o lugar. Atras da Nossa Vida e da Krakatoa. Essa etapa de bike e o segundo trekking até que foram tranquilos, demos uns perdidos, mas nada muitooo grave.


Foto: Ekonova Adventure


Foto: Ekonova Adventure

No segundo trecho de bike, ai sim, nos perdemos bonito (ou feio). Passamos direto numa bifurcação, o que nos fez descer e subir uma trilha não pedalável, empurra bike do inicio ao fim. Assim que identificamos o erro, não sabíamos se o melhor a fazer era voltar tudo ou sair dali e começar o trecho novamente. Optamos por sair dali, mas isso não foi nada fácil. A trilha terminou num matagal e tivemos que fazer um rasga mato para encontrar a estrada. Não estávamos sozinhos nessa, haviam mais 2 duplas, sendo que uma das duplas acabou desistindo após sairmos do mato. 









Voltamos ao inicio da trilha e pegamos a tal bifurcação.  O problema é que acabamos perdendo muito tempo, o que nos fez levar um corte logo na sequência (triste). Já eram umas 15h e fomos orientados a seguir de bike para o final da prova. Ficamos tristes, mas fazer o que, né?

Enchemos as mochilas de tangerina e seguimos para a chegada.
Essa prova vai ficar na minha memória pela quantidade de pés de tangerina no caminho. Praticamente não precisei repor minha água, me hidratando de forma saudável com muita tangerina.
:D







2a Etapa do CCCA - Botuverá

Equipe: Paz na Terra
Atletas: Aline, Ramiro, Pedro Castilho e Zanga
Data: 24/05/2015
Local: Botuverá
Organização: Eco Race
Distância: 65km
Modalidades: Trekking, Bike, Canoying, Canoagem

Uma semana depois da prova de Venâncio Aires aconteceu a 2a etapa do Catarinense. Durante a semana tivemos a notícia de que o Pedro Pinheiro não poderia correr e conversando com a equipe o Pedro Castilho aceitou substituí-lo. 

Chegamos em Botuverá a tarde. O local da prova era lindo. Um sitio enorme, com cabanas e até uma cachoeira. 
Nessa prova a Paz na Terra correu com um quarteto e uma dupla, bom demais.
As duas equipes estavam hospedadas numa das cabanas. 

A noite tivemos a entrega dos mapas, junto com um briefing seguido de um jantar. Após o jantar sentamos e ficamos estudando o mapa. As altimetrias assustaram um pouco.

Assim como a Papaventuras, a prova de Botuverá também largou na madrugada e com muita neblina.
Iniciamos subindo e na sequência já tivemos que encarar um Canoying. 
Estávamos indo muito bem, entre os primeiros, até o (maldito) 4o PC. Esse PC deveria estar numa ilha por onde passaríamos durante o canoying, mas devido a escuridão e a quantidade de pessoas passando junto acabamos passando direto. 
Quando nos demos conta voltamos para buscá-lo, mas mesmo assim não foi fácil. Vasculhamos o local 3x até encontrá-lo. Perdemos muito tempo, tempo suficiente para não vermos nem ouvirmos mais vozes. 

Saindo dali encontramos nossos amigos da Paz na Terra que estavam correndo em dupla e seguimos com eles.
A partir dai também diminuímos consideravelmente o ritmo. O fato de termos nos "perdido" tão feio acabou nos abalando.
Depois de mais algumas subidas tivemos um trecho curto de bike e seguimos para o maior desafio da prova, um trekking de mais de 1000m. A subida era por estradão e, durante o percurso, um dos nossos colegas se mostrou muito cansado. Subimos devagar, respeitando seu ritmo.

No topo do pico foi difícil encontrar a prometida trilha. Até hoje acho que o que fizemos foi um rasga mato, mas na hora me garantiram que estávamos no caminho correto. Depois do rasga mato, muitas subidas e pedra encontramos a trilha. A trilha era cheia de bifurcações e precisamos parar algumas vezes e nos certificar de que estávamos no caminho correto.

Terminada a descida teríamos mais um longo trecho de bike, mas fomos cortados (de novo) e orientados a seguir para a chegada. Mesmo tendo "apenas" que seguir para a chegada não foi fácil. Além do cansaço, tivemos que encarar uma baita chuva. 

Os ânimos da equipe não estavam dos melhores e meio que cada um seguiu seu caminho (claro que o Ramiro ficou comigo). Isso me deixou bastante abalada e me questionando a respeito das corridas de aventura em quarteto. 
Por fim chegamos todos "inteiros". 
A prova não foi fácil para ninguém e fiquei feliz de terminá-la.

segunda-feira, 23 de março de 2015

1a Etapa Circuito Catarinense de Corrida de Aventura 2015

Equipe: Paz na Terra
Atletas: Aline, Ramiro, Pedro Pinheiro e Andrino
Data: 16/03/2015
Local: Presidente Nereu
Organização: Essa É Nossa Vida
Distância: 60km
Modalidades: MTB, Remo, Trekking, Rapel

Após um ano de muitas aventuras, mal podia esperar pelo inicio do Circuito Catarinense de Corrida de Aventura 2015 (CCCA).

Demoramos um pouco para definir nossa participação, principalmente porque eu estava na eminência de viajar a trabalho.

Não conseguimos realizar nenhum treino em equipe, mas mesmo assim estávamos todos animados, principalmente devido ao retorno do Pedro, após o grave acidente ocorrido em novembro/2014.

No meu caso havia mais um motivo de felicidade, seria minha primeira corrida com o Ramiro. Estamos juntos desde dezembro e fomos unidos pela Corrida de Aventura.

A largada da prova seria as 4h30, neste caso, era importante dormirmos no local. Eu, Ramiro e Andrino saímos de Floripa as 14h30 e o Pedro só conseguiu sair depois das 20h.



Chegando no local, pegamos nossos kits, montamos acampamento, e ficamos de conversa com alguns colegas que não víamos fazia tempo. 

A entrega dos mapas e o briefing foi umas 20h. Tentei fazer algumas anotações porque o Pedro, nosso orientador, não estava presente. De posse dos mapas e das informações necessárias fizemos algumas anotações no road book e definimos os trajetos principais.

Tivemos um jantar de massas, delicioso por sinal, e depois disso, já por volta das 22h, começamos a nos preparar para dormir.

Todas os atletas optaram por acampar numa área coberta disponibilizada pela organização, imagine o barulho que ficaram fazendo até altas horas, apoiados por nosso atleta Pedro que chegou depois da meia noite apavorando. Para não dizer que não dormi, dei um a pregada nos olhos por volta da 1h da manhã.

Levantamos as 3h20, tomamos um baita café e começamos a nos preparar para a largada.
Além da prova estar marcando o retorno do Pedro, ainda era aniversário dele, isso nos animou ainda mais.

A largada foi as 4h40, de bike. Inicialmente ficamos meio perdidos no meio de tantas bikes e no escuro, para terem uma ideia fomos encontrar o Andrino depois de uns 7km de pedal, segundo ele a corrente caiu e travou bem na largada. 



Já de cara começamos a subir, subir, subir ... senti o peso do exagero no café da manhã (espero aprender um dia). Suava e tinha vontade de vomitar. 
Depois de tanto subir, fomos "presenteados" com uma descida alucinante (o road book já havia avisado: cuidado com a descida).

No final da descida estava o AT1 (até que passou rápido), onde largamos a bike e iniciamos um remo de uns 13km. Foram umas 3h remando. O rio estava baixo e tivemos que descer do duck muitaaaaas vezes para desencalhar. Senti a falta de treinos, não remava desde novembro/2014.

No AT2 iniciamos o trekking, conferi a planilha do fiscal e vi que estávamos em 3o lugar (ou 2o, porque a segunda equipe, Audax, havia perdido o mapa), a 23 min da equipe Chivunk. Isso animou bastante a equipe, até então pensava que estávamos muito mal.

Iniciamos o trekking. Depois de alguns quilômetros atravessamos um rio e precisávamos encontrar uma trilha. No briefing o Jonas já havia comentado que a trilha era difícil de encontrar, mas não achei que seria para tanto. Perdemos uma meia hora por ali, juntos com a equipe Audax.
Durante o trekking tivemos que definir nossa estratégia, haviam muitos PCs facultativos, mas não conseguiríamos pegar todos, porque havia horário de corte no AT3 (13h30).

Pegamos 2 dos PCs facultativos e chegamos no AT3 as 12h29. Para nossa surpresa estávamos em primeiro lugar. As próximas equipes teriam ainda 1h para chegar ao AT3 sem corte. 

Nossa estratégia foi muito boa, haja visto que tinhámos até as 14h para chegar ao AT4, mas o trajeto de bike não era tão simples assim, haviam muitas subidas e o sol estava escaldando. Foi dureza. 

Chegamos no AT4 as 13h49, largamos as bikes e fomos caminhando ao AT5, onde faríamos um rapel. Fomos o primeiro e único quarteto a chegar no AT5 sem corte. Nesse momento sabíamos que seríamos campeões, para isso só precisaríamos cumprir o resto da prova: 1 rapel + 3 PCs. Tiramos de letra.

Esse foi um dos motivos pelos quais a corrida de aventura me conquistou, você precisa ser forte, claro, mas o mais forte nem sempre é o vencedor. O resultado de uma CA depende de uma equipe uniforme, orientação e de uma boa estratégia.

A premiação teve direito a buque de flores para mim (a menina da equipe) e banho de espumante ... sensacional.





Parabéns a organização IMPECÁVEL da Essa é Nossa Vida e que venham as próximas etapas.