quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mato Adentro em Biguaçu - 05022012

Trajeto: Centro Biguaçu/Santa Catarina/Centro Antônio Carlos/Guiomar de Dentro/Limeira/São Marcos/Casa do Dú/Meio do Mato/Rachadel/Centro Antônio Carlos/Biguaçu.

Distância: 73km
Início: 8h15

Término: 19h

No sábado dei uma investigada nos pedais programados para domingo, mas como estava muito cansada (dirigi mais de 600km), não confirmei nada com ninguém. Fui dormir e deixei rolar.
Acordei domingo as 7h30, a tempo de participar do pedal do grupo Mintira no Selim, que iniciaria as 8h00. Mandei uma mensagem para o Frank, visto que foi ele quem postou o pedal pedindo para a galera confirmar, fiz um baita suco de melancia, me troquei, peguei uns lanchinhos e sai em disparada.
Cheguei no local combinado umas 8h05, por aí. Ainda aguardamos mais uns minutinhos por outros confirmados que não haviam chego, tiramos umas fotinhas do grupo (clássico) e iniciamos o pedal.


O grupo contava com 9 ciclistas (Eu, Frank, Cíntia, Wagner, Jonathas, Doze, Dú, Franciny e Jurandir), o clima estava bem ameno, nubladinho, e a animação de todos era visível.
O primeiro trecho é meio tenso, SC 408, em direção a Antônio Carlos, sem acostamento, seguimos com cuidado. Logo mudamos de paisagem adentrando em Santa Catarina (sim o nome é este mesmo, SC é um bairro de Biguaçu) e percorremos um delicioso estradão de chão.



Nesta parte do percurso encontramos 2 ciclistas (Joel e Tiago) meio perdidos, pedindo informação de como chegar a Três Riachos, começamos a papear e acabamos convencendo-os a seguir o passeio conosco. Seguimos, agora em 11, por mais alguns metros e constatamos que o pneu do Querido Frank estava furado. Paradinha básica para o conserto.
 
 
 
 
A próxima parada foi num posto de gasolina, já em Antônio Carlos, como estou crudívora, finalizei meu suco de melancia, reabasteci a água e comi uma bananinha passa, feita por mim mesma.
 
Adentramos ao estradão de chão novamente e seguimos por Guiomar de Dentro, Limeira e São Marcos. Fizemos algumas paradinhas, alguns ciclistas do grupo já demosntravam sinais de cansaço. Nessa hora o sol já estava a pino e realmente não estava fácil pedalar. Uma das paradas foi sugestão minha, embaixo de um pé de pera, deliciaaaa, comi duas e levei uma no bolso (para o caso de alguma emergência rsrsr).




O Dú já havia convidado o pessoal para uma paradinha na casa dele, perto da misteriosa trilha para Rachadel, motivo de preocupação minha e de muitos, com aquele sol achamos por bem parar lá mesmo, comer algo e recompor as energias.
A casa do Dú fica no topo de um P* morro, nossa foi díficil zerá-lo, mas segui firme, foco no resultado (rsrsrs). Ao chegar ao topo fui direto ao banheiro me trocar e cai na "cachoeira" (na verdade é um riozinho) que passa grudado a casa do Dú. Dei uma passeada pelo rio e achei uns pontos de massagem natural deliciosos, coisa boa.





Já refrescada, comecei a pensar no que eu iria almoçar. O Dú estava preparando um carreteiro, neste caso, mesmo que eu não estivesse crud não comeria (sou veg). 
Por sorte atras da cozinha do Dú tinha uma horta, cultivada pela mãe dele. Lá encontrei couve de 3 tipos, mini pimentões, tomates (estavam meio verdes, mas eram orgânicos, tá valendo) e limões (estes sim estavam supeeer verdes, mas era o tempero disponível). Piquei a couve e os pimentões bem fininhos, acrescentei a pera que havia guardado, fatiadinha, o suco dos limões e, por fim, umas nozes que estavam na bolsa. O negócio ficou bom, comi dois pratos (ninguém mas se arriscou).


Após o almoço, um pouco de conversa fiada e mais um banhozinho, já que o sol continuava firme e forte.
Voltamos a pedalar as 14h, em busca da tal trilha. Conversamos com alguns locais que disseram que não existia tal trilha, até que uma louca lá disse que a trilha existia sim e até nos apontou seu começo.


Quando o pessoal olhou para a trilha já se apavorou. Neste momento a Fran, o Jurandir e o Dú optaram por seguir para casa pelo caminho mais fácil e os outros loucos (me incluo nesse grupo) resolveram encarar o dasafio.
A trilha, pelo menos na subida (e que subida) não foi pedalável em momento algum. Subimos mais de 3km empurrando as bikes morro a cima. O sol estava escaldante, paramos muitas vezes. Em alguns momentos precisei me esforçar para não perder o bom humor, me perguntando o que eu estava fazendo ali. Abrimos umas 5 porteiras, numa delas precisamos passar por uma manada de bois (fiquei com medo), neste momento, o Doze, que já estava reclamando a beça fazia tempo, disse que não iria continuar. Tentamos convencê-lo do contrário (já havíamos subido muito), mas ele foi irredutível. Por fim entendo ele, meio que estava no seu limite.







Continuando a subida, em alguns momentos tive a nítida impressão que não tinhamos mais como subir, mas contínuavamos subindo, teve um trecho de mata fechada com árvores caídas que me preocupou, tipo onde estamos nos metendo ... e, tamanha foi nossa surpresa quando chegamos ao topo real e a trilha simplesmente terminou.











Fiquei num misto de incredibilidade, frustração e indignação. Entramos (Eu, Frank e Wagner) meio que mato a dentro vendo se não achávamos alguma continuação, NADA. A decisão naquele momento foi retornar, o que mais poderíamos fazer??? Já eram quanse 17h e em breve começaria a escurecer. Não é que deu certo?! Logo a trilha se abriu e conseguimos enfim sentar no selim. O sorriso de todos se escancarou quando começamos a descer, foi uma descida e tanto. Enquanto tomávamos sorvete/suco contávamos nossa incrível aventura para o Bruno, colega ciclista do grupo MTB Biguaçu, neste momento, todos já estavam dando risada da "presepada".  O Joel e o Tiago se despediram, ainda precisariam pedalar até Forquilhinhas e logo nós, agora em 5, também seguimos para nosso destino final, a grande Biguaçu.

Eis que no retorno encontramos uma bifurcação na trilha de volta, nós, que havíamos tomado sol na cabeça por horas, decidimos testar o caminho. Segundo o GPS do Frank que não funcionava a tempos, aquela trilha estava na direção de Rachadel.


No fim da trilha uma porteira cadeada, uma estrada de chão e uma única casa, com uma vista incrível. Contactamos os moradores da casa que no confirmaram que aquela estradinha daria sim em Rachadel (eeeeeeeeeeeee, uhuuuuu). Montamos um mutirão para passar as bikes por cima da cerca, passamos por baixo da cerca e seguimos pela estrada de chão, uns 3km de descida, alucinante. Chegando em Rachadel, o Frank até pensou em tentar uma galinha recheada da festa de igreja que estava rolando, mas já eram quase 18h, tu achas que ele encontraria algo do tipo na festa?


Mais uma parada de emergência para consertar o pneu do Tiago, que já estava furado a tempo, mas estava aguentando as enchidas. A próxima, e última parada, foi na sorveteria da D. Xinha, no centro de Antônio Carlos, a galera mandou ver no sorvete, por sorte faziam suco de laranja natural, tomei 2.


Cheguei em casa acabada, mas muitooooo satisfeita pelo desafio enfrentado e pela minha própria superação.