segunda-feira, 23 de março de 2015

1a Etapa Circuito Catarinense de Corrida de Aventura 2015

Equipe: Paz na Terra
Atletas: Aline, Ramiro, Pedro Pinheiro e Andrino
Data: 16/03/2015
Local: Presidente Nereu
Organização: Essa É Nossa Vida
Distância: 60km
Modalidades: MTB, Remo, Trekking, Rapel

Após um ano de muitas aventuras, mal podia esperar pelo inicio do Circuito Catarinense de Corrida de Aventura 2015 (CCCA).

Demoramos um pouco para definir nossa participação, principalmente porque eu estava na eminência de viajar a trabalho.

Não conseguimos realizar nenhum treino em equipe, mas mesmo assim estávamos todos animados, principalmente devido ao retorno do Pedro, após o grave acidente ocorrido em novembro/2014.

No meu caso havia mais um motivo de felicidade, seria minha primeira corrida com o Ramiro. Estamos juntos desde dezembro e fomos unidos pela Corrida de Aventura.

A largada da prova seria as 4h30, neste caso, era importante dormirmos no local. Eu, Ramiro e Andrino saímos de Floripa as 14h30 e o Pedro só conseguiu sair depois das 20h.



Chegando no local, pegamos nossos kits, montamos acampamento, e ficamos de conversa com alguns colegas que não víamos fazia tempo. 

A entrega dos mapas e o briefing foi umas 20h. Tentei fazer algumas anotações porque o Pedro, nosso orientador, não estava presente. De posse dos mapas e das informações necessárias fizemos algumas anotações no road book e definimos os trajetos principais.

Tivemos um jantar de massas, delicioso por sinal, e depois disso, já por volta das 22h, começamos a nos preparar para dormir.

Todas os atletas optaram por acampar numa área coberta disponibilizada pela organização, imagine o barulho que ficaram fazendo até altas horas, apoiados por nosso atleta Pedro que chegou depois da meia noite apavorando. Para não dizer que não dormi, dei um a pregada nos olhos por volta da 1h da manhã.

Levantamos as 3h20, tomamos um baita café e começamos a nos preparar para a largada.
Além da prova estar marcando o retorno do Pedro, ainda era aniversário dele, isso nos animou ainda mais.

A largada foi as 4h40, de bike. Inicialmente ficamos meio perdidos no meio de tantas bikes e no escuro, para terem uma ideia fomos encontrar o Andrino depois de uns 7km de pedal, segundo ele a corrente caiu e travou bem na largada. 



Já de cara começamos a subir, subir, subir ... senti o peso do exagero no café da manhã (espero aprender um dia). Suava e tinha vontade de vomitar. 
Depois de tanto subir, fomos "presenteados" com uma descida alucinante (o road book já havia avisado: cuidado com a descida).

No final da descida estava o AT1 (até que passou rápido), onde largamos a bike e iniciamos um remo de uns 13km. Foram umas 3h remando. O rio estava baixo e tivemos que descer do duck muitaaaaas vezes para desencalhar. Senti a falta de treinos, não remava desde novembro/2014.

No AT2 iniciamos o trekking, conferi a planilha do fiscal e vi que estávamos em 3o lugar (ou 2o, porque a segunda equipe, Audax, havia perdido o mapa), a 23 min da equipe Chivunk. Isso animou bastante a equipe, até então pensava que estávamos muito mal.

Iniciamos o trekking. Depois de alguns quilômetros atravessamos um rio e precisávamos encontrar uma trilha. No briefing o Jonas já havia comentado que a trilha era difícil de encontrar, mas não achei que seria para tanto. Perdemos uma meia hora por ali, juntos com a equipe Audax.
Durante o trekking tivemos que definir nossa estratégia, haviam muitos PCs facultativos, mas não conseguiríamos pegar todos, porque havia horário de corte no AT3 (13h30).

Pegamos 2 dos PCs facultativos e chegamos no AT3 as 12h29. Para nossa surpresa estávamos em primeiro lugar. As próximas equipes teriam ainda 1h para chegar ao AT3 sem corte. 

Nossa estratégia foi muito boa, haja visto que tinhámos até as 14h para chegar ao AT4, mas o trajeto de bike não era tão simples assim, haviam muitas subidas e o sol estava escaldando. Foi dureza. 

Chegamos no AT4 as 13h49, largamos as bikes e fomos caminhando ao AT5, onde faríamos um rapel. Fomos o primeiro e único quarteto a chegar no AT5 sem corte. Nesse momento sabíamos que seríamos campeões, para isso só precisaríamos cumprir o resto da prova: 1 rapel + 3 PCs. Tiramos de letra.

Esse foi um dos motivos pelos quais a corrida de aventura me conquistou, você precisa ser forte, claro, mas o mais forte nem sempre é o vencedor. O resultado de uma CA depende de uma equipe uniforme, orientação e de uma boa estratégia.

A premiação teve direito a buque de flores para mim (a menina da equipe) e banho de espumante ... sensacional.





Parabéns a organização IMPECÁVEL da Essa é Nossa Vida e que venham as próximas etapas.

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