terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Do cycling and vegetarianism mix?

Whether you’re a vegetarian or you just want to cut back on your meat intake, knowing how to get the right balance of nutrients from a meat-free diet can keep you at peak cycling performance. Nigel Mitchell, head nutritionist for British Cycling, says that going meat-free should cause no detriment to your cycling as long as you make sensible food choices. “The only time I’ve ever worked with vegetarian athletes who've struggled to gain adequate food for fuelling their sport is when they've made bad decisions about what to eat," he says.

You can get high quantities of quality protein from several plant based vegetarian foods too. “Soya protein and Quorn are particularly good,” says Mitchell. “Quorn contains mycoprotein, which is very high quality and is also a good source of dietary fibre.” Mycoprotein is also free from cholesterol, unlike meat proteins, and too much cholesterol can cause clogging of the arteries, putting you at risk of a heart attack.

“Quinoa, which is a sort of seed-grain, is another great option for any diet,” he says. “It’s regarded by many as a superfood, because it’s high in protein with a low GI and a good combination of essential fats.” This means the energy it provides will be released slowly over the course of your ride, sustaining you for longer.

“One potential drawback of cutting meat from your diet is that it'll have less creatine, an organic acid that occurs naturally in meat but not plants, and helps to transport energy to your cells,” says Mitchell. “However this is also produced inside the body so although levels might not be as high, not eating it shouldn’t have a detrimental effect.” And creatine supplements are available that can boost your levels if you’re worried they’re too low.

Christine Vardaros, professional cyclist with Baboco Cycling Team, has been vegetarian for the past 20 years and vegan for 10. She feels that a meat-free diet has in many ways helped her cycling performance. “Considering there’s complete protein in all plant foods,” she says, “I get more than enough protein from my meat-free diet to build and repair muscles.”
She also says that getting meat-free fuelling mid-ride isn’t a problem: “While my team-mates have sandwiches of meat and cheese offered up to them mid-race, my team make me special ones without meat.” In fact, Vardaros feels that vegetarianism has actually given her an advantage over her carnivorous team-mates. “On a meat-free diet I’m rarely sick, which gives me more days for training over my competitors," she says. "I also recover more quickly from hard rides and races, and feel more energetic on my bike rides.”

Vardaros puts this down to the fact that digestion of high protein animal flesh can be taxing on the body. “Complex animal proteins fight for the body’s energy and resources needed for recovery and optimal immune system,” she says, adding that because of its perceived benefits, “vegetarianism is catching on quickly in the pro peloton. Now it’s commonplace to see soya milk on the breakfast tables, even among the ProTour teams.”


So what meat-free fuelling tips does she have before a big event? “On race day, I eat mainly carbohydrates,” says Vardaros. “A big bowl of pasta or rice with a splash of olive oil and salt is a typical pre-race meal for the pros. Some of them add grated cheese for flavour, while I eat mine plain.”


Veggie winners

These pro cyclists have all been veggie at some point in their career: Sean Yates, Shane Sutton, Levi Leipheimer, Robert Millar, Maarten Tjallingii, Dave Zabriskie and Mark Cavendish.


Veggie superfoods


• Peanut butter
• Tofu
• Chickpeas
• Seeds – for example, sunflower, sesame, pumpkin, linseeds
• Houmous
• Almonds
• Walnuts
• Walnut oil
• Flaxseed oil
• Dried fruit – raisins, apricots, dates
• Broccoli
• Lentils
• Avocado
• Sweet potato
• Quinoa
• Quorn


Recipe for success


Registered dietitian Renee McGregor, who is a veggie herself, suggests a tasty meat-free recipe for fuelling before a big event. “This is one of my favourite pre-race meals,” says Renee. “It’s pasta with roasted vegetables and toasted sunflower seeds – providing plenty of complex carbohydrates, vitamins and minerals including iron.”

Ingredients (serves 2):

• 1 aubergine
• 1 large courgette
• 1 red pepper
• 1 red onion
• 1 clove garlic
• 250g mushrooms
• 200g cherry tomatoes
• 50g sunflower seeds
• 2 tbsp olive oil
• 150g pasta
• 2 tsp stir-in pasta paste (tomato and black olive is one of Renee’s favourites)


Instructions:

• Cut up all the vegetables into big chunks and place into a roasting tin, leaving out the cherry tomatoes. Add the olive oil and roast in a pre-heated oven at 200°C for about 45 minutes.
• About halfway through the cooking time of the vegetables, add the sunflower seeds and cherry tomatoes to the tin.
• Put the pasta in a pan of boiling water and cook until al dente. Drain and mix with the stir-in sauce.
• Put pasta on plates and top with roasted vegetables .

fonte: http://www.bikeradar.com/mtb/fitness/article/nutrition-do-cycling-and-vegetarianism-mix-29469

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Canadá 15/09/2011 (Toronto, Victoria e Vancouver)


Há alguns meses tive uma exelente notícia, fui convidada a conhecer a fábrica de Medidores de Energia da Schneider, empresa parceira da Tractebel Energia, em Victoria-BC, no Canadá. Esta seria minha primeira viagem ao primeiro mundo (rsrsrs).

Aproveitando a oportunidade solicitei 10 dias de férias para poder curtir um pouco mais a viagem. A idéia era ficar uma semana a trabalho em Victoria e mais uma semana de férias em Vancouver.


Pesquisando sobre as cidades que visitaria, descobri que a bicicleta é muito utilizada como meio de transporte e que poderia facilmente alugar uma bike para um passeio. Neste momento ficou decidido que eu pedalaria no Canadá.

Saí de Floripa dia 11/09 (dia do grande atentado as torres gêmeas, ai meu Deus). Fiz escala em Guarulhos e de lá segui em direção a Toronto. Como minha escala em Toronto seria de quase 10h, levei alguns mapas e indicações de locais a conhecer. Visitei a CN Tower, caminhei pela cidade, entrei em algumas lojas de esportes e, por fim, almoçei ao ar livre (aproveitando para experimentar uma das cervejas locais).



Lá já pude perceber que a bike é realmente muito utilizada. Encontrei vários estacionamentos de bike, bikes para alugar e ciclistas que aparentemente utilizam a bike como meio de transporte.










De Toronto segui em direção a Victoria-BC. No percurso entre o aeroporto de Victoria e o Hotel já pude ver qão linda era a cidade.Após 32h nos aeroportos, estava morta de cansada e o que eu mais queria era dormir, dormi por cerca de 10h.


Eu e os colegas do Brasil, também convidados a conhecer a empresa Schneider, passamos 2 dias em atividades coorporativas e outros 3 dias desvendando Victoria. Fora as atividades coorporativas, que certamente não é do interesse do público leitor, fizemos um passeio "quase" no pacífico para visitar as famílias de baleias que lá vivem, andamos de caiaque e conhecemos muito da gastronomia local.

























Durantes esses dias fui arquitetando meu plano de pedalar no Canadá. Consegui uma bike (+ capacete) emprestada com um colega brasileiro, Daniel Brandão, que hoje trabalha na Schneider, e alguns acessórios (casaco, tenis, bermuda, mochila e luvas) com a nova colega Sara Henry.


Trajeto: Victoria -> Buchard Garden
Distância: 50Km (ida e volta)


O dia amanheceu meio nublado, a bike já estava na garagem do hotel, só precisei passar na loja onde a Sara trabalha para pegar sua s contribuiçoes. O prometido era casado e tenis, de lambuja veio bermuda, luva e mochila. Fiquei muitoooo feliz.


Passei no hotel me arrumei, conversei um pouco com os colegas que estavam saindo para almoçar, discuti um pouco sobre o percurso com os colegas locais e parti rumo a mais uma aventura.


A sensação de sair pedalando por aquela cidade incrível, com um ventinho gelado na cara, passando por ciclovias ou faixas exclusivas para ciclistas, me deparando com tantos outros ciclistas ... foi indescritível. Um misto de liberdade e poder, no sentido de que posso desvendar tantos novos lugares quanto desejar.


A idéia era pedalar por uma trilha exclusiva para ciclistas e pedestres e em certa altura sair desta ciclovi de forma a encurtar o caminho. Me perdi 2 vezes até encontrar a trilha. Na segunda vez precisei usar minha habilidade na língua inglesa para pedir informações (rsrsrs).




A trilha é uma graça, asfaltada, mas bem fechadinha com árvores, flores e muita, mas muitaaa framboesa. Estava com o dia ganho ... para quem me conhece um pouquinho, nem preciso dizer que "gastei" um bom tempo catando as framboesas mais madurinhas. Delicia.





No momento em que precisei sair da trilha e pegar a estrada me perdi mais uma vez e lá fui eu novamente conversar com o povo local. Vale resaltar aqui que todos os canadenses abordados foram muito solícitos com minhas dúvidas.

Havia pedalado uns 10km e comecei a sentir o peso da bike que estava com a corrente extremamente seca. O novo trecho era uma rodovia com muitas subidas e descidas, cansei o corpinho. Foi mais ou menos nesta parte do trajeto que me ocorreu o seguinte: estou em outro pais, usando uma bike que não é minha, não tenho câmara reserva e ... deixei meu telefone no hotel (ele não funciona fora do Brasil mesmo) para o caso de precisar de ajuda. Decidi afastar esses pensamentos ...


Assim que avistei uma grande placa dizendo Buchard Garden -> 3km, parei no posto da esquina, onde haviam 2 borracharias, e pedi para o mecânico colocar um oleozinho na corrente (já estava pensando nisso a algum tempo e acabei não resistindo). Vale lembrar que não contei este fato ao Daniel, dono da bike, e espero que ele não fique chateado ao ler este parágrafo (rsrsrs). O que posso dizer ... a situação do pedal melhorou consideravelmente, foi como ganhar muitas marchas.


Ao chegar no Jardim (Garden) precisei desenbolsar $32 + taxas (12%) para adentrar ao recinto. Nesta altura já estava acostumada com os altos preços combrados nos pontos turísticos.


Estacionei minha bike, peguei um mapa do local e, após um lanchinho básico, inciei minha visitação.


Meu Deus, que lugar INCRIVEL. Avistei paisagens lindas, flores nunca vistas, jardins de vários tipos. Eu e todos os turistas estavámos boquiabertos diante de um local tão florido e tão bem cuidado.














Sobre a beleza do jardim, de certa forma era o esperado. A cidade de Victoria possui inúmeros jardins (todos super bem cuidados), com flores até nos postes.
Após percorrer todo o roteiro sugerido pelo mapa do jardim, de forma meio rápida já que pretendia voltar antes de escurecer, tomei um baita sorvete e iniciei meu circuito de volta.


Na volta optei por seguir o caminho tradicional, utilizado pelos carros. Queria ver como os Canadenses se sentem pedalando na rua. Mesmo não seguindo pela ciclovia-trilha pedalei por espaços reservados aos ciclistas quase todo o percurso. E, até nos trechos onde não havia marcações para os ciclistas, fui super respeitada. Nenhum carro se aproximou, buzinou ou me chingou.





Fiz o percurso com apenas 1 parada, imagina um pé de maçã carregadinho na beira da estrada, não tinha como eu resistir.





Ao chegar no hotel encontrei os meninos no hall de entrada, estavam se preparando para ir a um jogo de hoquei, não perdi tempo, pedi 15 min ... tomei um banho e fui tentar aproveitar mais uma das particularidades do Canadá, digo tentar porque chegamos atrasados ao jogo, mas juro ... a culpa não foi minha (nos perdemos feio seguindo o GPS que já havia dado várias demostrações de que não era confiável).


No domingo parti em direção à Vancouver, via FerryBoat. Lá me "hospedei" na casa de um casal, Beth e Owen, via Couch Surfing.
Eles foram ÓTIMOS, me sinti super a vontade. Os dois cozinham super bem , me deliciei com os pratos preparados eles (a Beth é vegetariana). Fiz pão de queijo e brigadeiro para que eles conhecessem algumas das particularidades brasileiras.

Durante a semana em Vancouver conheci grande parte dos pontos turísticos da cidade (Science World, Granville Island, Capilano Bridge) e no fim de semana a Beth e o Owen me levaram para fazer um trekking na Cypress Mountain, onde acontecem as olimpíadas de inverno. Ameeeei.

















Para finalizar no último dia em Vancouver fui com a Beth ao show do Pearl Jam, nem preciso dizer, né?! Foi simplesmente INCRIVEL.

Mais fotos em:https://picasaweb.google.com/116355817404497670283/CanadaSetembro2011

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Urubici - Anitápolis - Florianópolis 05-07/08/2011

A idéia surgiu do colega Nivaldo. Ele me perguntou se eu toparia o "desafrio" e na hora demonstrei minha empolgação. Tudo agendado, pousadas reservadas, microonibus e ... 23 corajosos. Já foi deixado bem claro desde o princípio que não haveria possibilidade de mudanças, o pedal iria rolar faça sol ou chuva (ou no caso de Urubici, neve)l. A semana que antecedeu ao pedal fez muitooooo frio em Florianopolis, a idéia de pedalar em Urubici abaixo de 0oC me apavorava. Confeso que pensei váaaaarias vezes em desistir.

Na quinta-feira conversei com o Felipe, meu parceiro no trabalho que também participou da aventura, olhamos pela última vez a previsão do tempo, 7oC, e nos pragramamos para a aventura. Combinamos que eu viria com minhas coisas para o trabalho e ele iria de carona comigo para a Ciclovil, nosso ponto de encontro.

Quinta-feira a noite preparei minha bagagem e meus lanchinhos (sanduiche de pão integral com patê de tofu e nozes + bolo integral de alfarroba) e na sexta pela manhã já fui trabalhar com toda a tralha no carro para a viagem.

Saimos do trabalho as 17h30, passamos na casa do Felipe para pegar a bike dele (aproveitei para filar um café) e, por volta das 19h15, partimos em direção à Ciclovil. O horário marcado para a saída era 20h, mas o ônibus saiu dali 21h30, aja paciência.


O pessoal no micro-ônibus estava animado, violão, vodka + energético e, para finalizar, batida de maracujá, meu Deus não aquela garrafa desde minha adolescência (rsrsrs). Fiquei imaginando como alguns deles iriam pedalar amanhã, sabendo que a bebida não afetaria o desempenho da maioria que estava na bagunça.

Chegamos na pousada São Rafael, em Urubici, depois da 1h. Estava frio pacas. Sai do ônibus rapidinho, interessada em encontrar minha cama. No quarto dividido com a Karol e a Tereza liguei o colchãozinho elétrico e enfrentei o chuveiro. A noite foi curta.

1o Dia de Pedal: Urubici -> Anitápolis Acordei animada, o dia estava lindo, ensolarado e quentinho.
No café da manhã fomos recepcionados pelos donos da pousada, um casal de idosos muito simpatico e atenciosos, tudo fresquinho e delicioso.

Ao sair do café encontrei toda a galera no pátio ajustando suas bikes e nem me incomodei muito ao saber que meu freio havia trincado no transporte das bikes, pelo menos continuava com a possibilidade de freiar. Teve gente com problema pior, os freios do Alexandre, por exemplo, não estavam funcionando, imagine o desespero ... conseguirar dar um jeitinho numa loja de bikes da região. O pedal se iniciou as 9h30 sob um sol de 22oC, inacreditável considerando-se que nevou naquela mesma semana em Urubici.




Saímos pedalando num ritmo tranquilo, curtindo a natureza exuberante de Urubici.
A primeira parada foi na gruta de Nossa Senhora de Lourdes, pausa para fotos e para consertar a corrente quebrada da bike novinha em folha do Nivaldo.



Vale comentar a passagem pelo acesso ao Morro da Igreja, nosso local de visita nos pedais em Urubici, desta vez passamos direto. Mais 18km de subidinhas, 1 raio quebrado do Alexandre e chegamos ao inicio da Serra do Corvo Branco por volta do 12h. Certamente lá em cima rolou uma pausa grande para admirarmos a beleza do local, fazermos um lanchinho, agruparmos e tiramormos muitaaas fotos.


Antes de literalmente descer muito paramos em mais dois mirantes. A visão é alucinante e, de certa forma, assustadora. A serra é toda em estrada de chão, super estreita e com as descidas mais íngrimes que eu já vi.
Já na minha primeira rampa meu pneu trazeiro escorregou, escapei de uma queda por pouco. Isso me deixou muito cautelosa, preferi descer bemmm devagar. No meio da descida mais um mirante. Tivemos a notícia de que uma das colegas, a Karolzinha, havia caído. Aguardamos sua chegada e o João, super preparado, lavou os machucados e enfaixou o cotovelo ralado da colga. O tombo foi meio feinho, rasgou o corta vento e a blusa de baixo em vários pontos.




Finalizando a descida paramos numa cidadezinha logo abaixo da serra, se não me engano se chama Aiuré, lá fizemos uma pausa grande para repor as energias. A galera mandou ver nos X isso e X aquilo. Eu comi meu sanduichinho delicioso e completei com o bolinho (hummmm). Tahhhh bom ... confesso que tomei um copão de pepsi, não sou muito fã, mas estava geladinha e desceu fácil. Até prepararem todos os Xs deu tempo para deitar na grama e relaxar um pouquinho.
Antes de prosseguirmos, por volta das 15h30, rolou uma pequena reuniaãozinha. Nosso horário estava bem atrasado e já era certo que teríamos que pedalar a noite, a noticia me preocupou bastante, aja visto que Eu e uma galera estávamos sem farol.

Saindo de Aiuré continuamos seguindo por estradas de chão. Pegamos um "atalho" para não precisarmos passar por Braço do Norte. Dalêee subida. Paramos num sitiozinho para abastecer as garrafinhas d'água e aproveitamos para comer algumas laranjas açucar e pedir referências sobre o caminho.

A partir dali adentrantamos realmente no meio do nada. O sol começou a se por e ainda faltavam uns 30km. O que fazer? Nossa única opção era pedalar, baixar a cabeça e pedalar. Sinal de celular eu não via desde Urubici, pouquíssimas casas, nenhum ponto de apoio ...



Com a escuridão tudo ficou ainda mais difícil. No inicio fiquei com muito medo das descidas e cheguei a discutir com o Cassio e com o João, queriam que eu descesse usando aproveitando a luz do Cassio, mas eu estava com medo e insegura. Com o tempo fui me adaptando e ficando mais confiante, foi o jeito né!
Nos últimos 20km o problema maior foram as subidas, não aguentava, não tinha mais forças nem para tentar subir e nesta situação o jeito foi empurrar.
Não precisa nem dizer que ficamos escumungando todas as gerações dos organizadores (coitados) como se eles fossem os culpados de estarmos naquela roubada. A verdade é que todas as informações foram passadas aos interessados, todos tiveram acesso a roteiro, trajeto, altimetria, kilometragem... Neste caso, nós mesmos nos colocamos na "roubada".
Naquela situação extrema a cabeça fica rodeando em mil pensamentos, o que mais desejamos é não estar ali, ficava pensando que Eu podia estar na minha casa quentinha, vendo filme, comendo pipoca, com os amigos ... mas a verdade é que quem estava ali é porque realmente ama pedalar, gosta de aventura, curte estar no meio da natureza, desvendar novos mundos, passar por novas experiências e isto meus amigos, NÃO TEM PREÇO.

Chegamos em Santa Rosa de Lima às 21h, faltavam ainda 23km de estrada de chão até nosso destino final, Anitápolis. Eu, mal humorada que estava, com dores nas pernas e o ombro ferrado, já havia descidido no caminho que só pedalaria até Santa Rosa, estava no meu limite, mas graças a Deus eu não era a única.
Reunindo o grupo surgiram duas opções: dormir em Santa Rosa de Lima ou arranjar um transporte até Anitápolis. Seguimos com a segunda opção, salvo 6 corajosos que descidiram continuar o pedal e cumprir todo o trajeto (Maicon, Renato, Nivaldo, Alexandre, Polho e Marcio)

O transporte na verdade era um caminhão super velho. Foi dificil colocar as 17 bikes em cima dele. Dos 17 cilistas, 8 foram de taxi, Eu, a Karol e a Tereza fomos na cabine e 6 loucos foram na carroceria do caminhão (Elyandro, João, Tiago, Cristian, Clécio e ?). Eu e as meninas ficamos com pena dos piás, estava muitoooo frio.



Chegamos na pousada 23h. Fiz meu chek-in e fui direto para o banho. O que eu mas precisava naquele momento era de banho quentinho, só que não rolou, a água estava no máaaaaximo morna. Tive que lavar o cabelo e tudo o mais passando frio. A Karol arranjou um secador, o que ajudou a esquentar um pouquinho após o banho. Deitei um pouco e ... sem chances de sair da caminha quentinha e confortável para jantar, estava numa moleza sem tamanho. Capotei. Não vou dizer que tive uma noite maravilhosa de sono, mas certamente rolaram algumas horas de hipernação.

2o dia de Pedal: Anitápolis -> Ciclovil Acordei cedinho e às 7h30 já estava prontinha no café, torcendo para que não houvessem muitos atrasos e apavorada com a possibilidade de ter que pedalar a noite e mais um dia.
Um pouco antes da saída, por volta das 9h (isso atrasou tudo de novo), rolou uma chuva e todos tiveram que encapar seus alforjes e a si mesmos.

O caminho de volta eu conheço em partes, lembrava bem da primeira subida que teríamos pela frente (foi uma descida alucinante num outro momento), 6km sem descanso. Zerei de boa. A partir dali mais 30km de subidas e descidas. Enquanto as subidas eram só asfalto fui de boa, mas quando o asfalto acabou e começaram os morros de barro e lama tive que empurrar novamente algumas vezes. O bom é que formamos um grupinho no fundão pra lá de animado, não perdemos o bom humor (Aline, Elyandro, Jairo, Tereza e Cristian).

Ao chegar em Rancho Queimado cogitei a possibilidade de pegar uma carona com a esposa do Cassio que viria buscá-lo, mas felizmente optei por continuar o pedal. Naquele ponto pegamos mais um atalho (imagine meu medo), só que desta vez foi só alegria, 9km de descidas alucinantes, sem folga. Quase no fim da descida, pausa para roubar vegamotas, quem me conhece sabe como gosto disso, deliciaaaaa.

Pedalamos até a BR 282, passando por São Bonífácio, e paramos para um almoço-lanche num posto não exatamente onde.

Dali seguimos sem parar, pela BR 282, até a Ciclovil, passando por Aguas Mornas, Palhoça ...
Na última descida, quando avistei todos aqueles prédios no kobrasol, a alegria foi enorme. Uma sensação de prazer, satisfação e orgulho tomou conta de mim e certamente de todos.


Ao chegar em casa, por volta das 17h, fui direto para o banho, estava precisando.
Após o banho ... descanso merecido vendo filminho.

Resultados: